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sábado, 18 de agosto de 2012

Dan Kanter revela detalhes de ida com Justin Bieber à show de rock e mais sobre trabalhar com o astro
















Na última quarta-feira (15 de Agosto), o guitarrista e diretor musical de Justin BieberDan Kanter esteve com ele e a namorada de Justin, Selena Gomez, em um show de rock da banda Phish.
O músico contou em entrevista ao site Jambands.com, todos os detalhes da ida ao show com o astro, na fusão de dois mundos diferentes, Pop e Rock, da polêmica gerada entre os fãs de rock, pela ida de Bieber ao show e relembrou momentos com o astro em turnês e apresentações. Confira abaixo a entrevista completa e traduzida:
O educado músico de Toronto, Dan Kanter começou a carreira apresentando-se em clubes quando ele tinha apenas 15 anos e, ao longo dos últimos 16 anos, tem colaborado com ícones como Stevie Wonder, Carlos Santana, Usher, Miley Cyrus, Drake, Ludacris, Boyz II Men, J Maria Blige e Busta Rhymes. Ele apareceu em programas como o Saturday Night Live , Oprah , American Idol , MTV VMA , Late Night With David Letterman , The Tonight Show With Jay Leno , Ellen , The Today Show e Good Morning America .
Ele também tocou no Madison Square Garden, seis vezes. Mas, depois de quarta-feira, ele será para sempre conhecido, pelo menos, por uma seita de espectadores como o homem que levou Justin Bieber e Selena Gomez a um show de Phish. Nos últimos três anos, o músico de 31 anos de idade, já trabalhou com Bieber, como seu diretor musical e guitarrista. Ele também co-produziu o álbum de Bieber, que foi platina My World Acoustic , apareceu na grande-tela no filme, "Justin Bieber: Never Say Never 3D" e co-escreveu/co-produziu a música, "Be Alright" de seu álbum de sucesso, "Believe".
Enquanro ele  certamente é um fã de música pop e do teatro musical, Kanter também tem raízes profundas no cenário Jamband e viu Phish por volta de 60 vezes (incluindo no Ano Novo, quando ele esteve no MSG para ver o Vermont Quartet  após  apresentar-se, na  Times Square com Bieber e Carlos Santana). Depois de ouvir a  música de Phish por vários anos, Kanter finalmente trouxe o ídolo teen para um show em Long Beach, CA, na noite da quarta-feira (15 de Agosto). O mundo do Twitter divulgou a história rapidamente e, logo depois, o The Hollywood Reporter divulgou a notícia de que Phish  LD Chris Kuroda  iria trabalhar na próxima turnê de Bieber. Dois dias depois, Kanter falou com o Relix/Jambands.com sobre sua jornada pessoal com Phish, seus próximos shows com Kuroda e o tempo com sua esposa quando ensinou Bieber a bater palmas durante o "Stash".
A primeira vez que me lembro de ouvir o seu nome foi quando Bob Weir trouxe sua filha para ver Justin Bieber. Pelo que eu ouvi, Justin não reconheceu Bobby, mas você foi direito à ele.
Dan Kanter: Isso, Correto! Isso foi incrível. Eu acho que Bob foi a dois shows de Justin Bieber até agora. O que é uma viagem, encontrando-lo em um show de Justin. Ele é muito legal e sua filha é uma grande fã, por isso é realmente emocionante que quando nos apresentamos na Bay Area ele vai. É hilário eu está no palco tocando com Justin e vê-lo na terceira fila. Eu vou para cima, e eu apenas jogo palhetas de guitarra para ele toda a noite e ele ri. Eu estava em San Francisco no ano passado com minha esposa para uma folga, e saímos com ele. Bob nos levou para  o dim sum e depois para o TRI [Studios], que é algo muito legal, [com] todos os streaming que eles estão fazendo. É muito legal sair. É incrível como ele está tão à frente do jogo.
Vamos falar um pouco sobre sua história musical antes de falar sobre Phish e seu trabalho com Justin Bieber. Ouvi dizer que você começou a tocar ao vivo quando tinha apenas 15. Que tipo de música você tocava naquela época?
Dan Kanter: Meus gostos musicais sempre foram um pouco de tudo. Eu cresci estudando piano clássico, ouvindo osBeatles, Elton John e música grunge. Eu escuto muito metal também. Mas o meu pai dirigiu musicais e ele também é obcecado por Dylan. Então, crescendo, eu pude tocar todas as músicas do Phantom [of the Opera] e dos Les Miserables, e eu poderia tocas todas as músicas de “Hard Rains Gonna Fall." Sou uma mostra do meu pai em uma idade precoce, eu realmente aprendi a apreciar música e produção -  como a iluminação trabalha com o cenário e a encenação acontece. Eu amo uma banda, mas eu sempre estava igualmente interessado em todo o show. Depois da universidade, quando eu comecei a fazer algumas sessões de trabalho para os artistas, e eu comecei a tocar com bandas de alguns artistas 'up-and-coming', eu não poderia ajudar, mas eu tipo que escolhia o que eles iam vestir, como eles estavam indo trabalhar com o público, mesmo que gravando coisas, indo até o cara da iluminação ou vendo a lista de sugestões. Então, eu realmente pensava em todo o show deles, e foi assim que eu comecei a dirigir shows. 
Por alguma razão, eu acho que talvez porque eu fui  conselheiro do acampamento por tanto tempo, eu trabalhei com um monte de adolescentes, e eu realmente amei trabalhar com jovens artistas. Então, quando Justin precisou de alguém, a gravadora me recomendou à ele, graças a Deus, e ele e eu apenas saímos por aí. Nós estamos trabalhando juntos há mais de três anos.
Você começou  a trabalhar tocando em bandas diferentes, você estava tocando como um adolescente que queria tocar muita música? Ou foi o seu grupo inicial para um projeto mais pop?
Dan Kanter: Todos os tipos de coisas diferentes, realmente. Eu estava em minha própria banda, que era basicamente uma mistura de Pearl Jam, Nirvana, Metallica e Ozzy, e então eu comecei a trabalhar em um monte de coisas musicais. Mas eu sempre fui um grande fã de Michael Jackson. Eu ouvi o solo de  "Beat It" [por] Eddie Van Halen, e foi  tipo,  tudo veio junto para mim, toda a  musicalidade é incrível, mas ainda com a sensibilidade pop. Foi quando eu realmente entrei nisso. Para mim, o meu show ideal seria poder trabalhar e ter o melhor de cada mundo. 
De todos os créditos que você tem com o seu nome, você tem dois que são de particular interesse de nossos leitores: Stevie Wonder e Carlos Santana. Curiosamente, apesar de nós termos os dois artistas nas capas do Relixhá muitos anos, ambos também têm outra vida como artistas pop. Você poderia falar sobre a sua experiência com esses dois músicos em particular?
Dan Kanter: Bom, Santana foi muito, muito emocionante. Ainda mais naquela noite, por duas razões. A primeira é, nós estávamos tocando na Times Square para o Ano Novo e Phish estava tocando no grande Garden, então eu fui nas três noites no Garden, e depois no Ano Novo, eu entreguei minha guitarra para meu técnico, e começei a correr para o Garden depois do show. Assim, a minha [maior] lembrança do que foi aquela noite é: "Como é que eu vou correr pela Times Square e  chegar até o Garden antes do terceiro set?" Eu ainda tenho dores nas canelas de tanto correr neste dia!
Tocamos "Let It Be",  que é uma música realmente importante para Justin. Ele realmente queria colocá-la em nossa última turnê [My World Tour], e quando veio a coisa do solo de guitarra e nós queríamos um guitarrista convidado, o nome de Santana surgiu. Todo mundo estava muito animado por que ele estava interessado em fazê-lo. Foi muito bom conhecê-lo. Ele é um músico incrível  - no ensaio, éramos apenas uma espécie de dupla de acordes e ele estava fazendo um solo.
Posso comparar a mesma coisa de quando eu ouvi Derek Trucks, há momentos em que meus joelhos ficaram fracos e eu poderia cair enquanto estava tocando. Também foi interessante ver a sua opinião sobre, se ele deveria tocar o George Harrison sozinho ou se ele deveria fazer bonito com um solo original. Toda vez, ele mudava, e cada vez ficava incrível. Ele foi puro.
Justin e eu tivemos uma grande conversa com ele, e ele me disse que nunca toca uma única nota a menos que sua mente, corpo e alma estejam com ela. Eu pensei que era realmente incrível. Eu disse a ele: "Eu vou dizer aos meus netos que você me disse isso!" Por isso, foi muito, muito emocionante.
E sobre Stevie Wonder?
Dan Kanter: Ele se juntou comigo e Justin por várias vezes. Ele  tocou no The Voice, uma das músicas de Natal de Justin, e Justin e eu também tocamos em seu show beneficente durante o Natal no Nokia Theater, em Los Angeles. Essa foi uma experiência incrível. Eu comecei a trabalhar  as harmonias e um arranjo musical com Stevie. Por um lado eu estava tentando dirigir o arranjo, mas, ao mesmo tempo, estava pensando comigo mesmo: "É Steve Wonder! Como posso dizer a ele o que fazer?" Nós meio que tocamos para ele em um solo. Isso foi incrível de ouvir. O melhor momento foi no Nokia,  em seu especial de Natal com Justin fazendo um dueto na canção "Someday at Christmas." Estávamos todos no camarim de Justin, apenas cerca de quatro de nós, saímos e foi tudo uma correria. Nós não conseguimos encontrar tempo para conversar com ele, para ensaiar, então Stevie desceu e eles montaram um piano no camarim de Justin, e eles começaram a ensaiar as canções. E, depois, todos nós só começamos a pedir músicas, e ele cantou para nós. Foi inacreditável. Definitivamente uma memória que vou levar para o resto da vida.
Você disse que cresceu ouvindo todos os tipos de música e é claramente uma grande fã de Phish. Qual foi a sua porta de entrada para o mundo Phish/Dead/jam?
Dan Kanter: Quando eu estava no colégio, eu nunca soube o Dead foi um Jamband. Eu meio que ouvia eles com o mesmo respeito que eu ouvir obsessivamente  os Beatles, Neil Young, Elton John e [Pink] Floyd. Eu realmente só aprendi sobre a improvisação depois de toda a cena.
Mas eu começei quando eu estava no acampamento de verão. Eu tinha um monte de amigos que gostavam de todo tipo de música - Blind Melon, Dead e Allman Brothers —  no acampamento de verão. O primeiro foi Jamband, eu amava e era seguidor de Dave Matthews. Eles foram muito importantes para mim até hoje. Eu posso ver agora como eles não são  um Jamband como outras bandas, mas eles foram a primeira banda que me levou à cena, têm quase o mesmo respeito que Pearl Jam, que mudaram os seus set lists e fizeram solos mais longos. Eu era muito jovem, e eu nunca tinha visto isso antes. Foi a primeira vez que eu ouvi algo tão simples  de um padrão médio para algo grande e diferente, para mim isso fez o show inteiro naquela noite. Isso me deixou realmente animado.
E então, lá, no acampamento de verão quando eu ouvi "Divided Sky,” estava feito. Isso só me levou para o próximo nível. Eu amo o Dead, Phish é uma banda que eu me descobri e eu só tenho que agradecer muito à eles. Ao mesmo tempo, eu sempre fui tão envolvido na música pop, onde tudo é bem roteirizado e ensaiado. Isso é quase o oposto. É como uma libertação, quando vou a um show do Phish: é completamente espontâneo, eu não tenho nenhuma idéia do que está vindo em seguida. Por isso, foi realmente importante para mim ter esses dois mundos, em minha vida.
Minha esposa também é um grande fã do Phish. Ela já ouvia Phish há mais tempo do que eu. Ela estava na universidade quando eles tocaram [na marquise] no The Late Show with David Letterman, quando eles tocaram no telhado, ela foi para esse show. Meu cunhado, ele já viu  mais de cem shows - ele é completamente obcecado. Então agora também  temos um vínculo familiar Phish. Assim, quando tivermos uma pausa com Bieber, o primeiro lugar que todos nós vamos é em um show do Phish. Eu realmente tentei planejar toda a nossa agenda da tour [e ensaios] para a turnê de verão. Eu acho que temos mais quatro ou cinco semanas para irmos juntos á este show e depois começamos a turnê que nunca termina. [Risos.]
Você finalmente foi a um show do Phish com Justin esta semana. Você tem tentado fazer com que ele vá para um show passar o tempo livre, e foi tipo, você está tentando levá-lo para este caminho, mostrando para ele todos os discos específicos e álbuns ao vivo? Ou foi apenas algo que ele queria ver como um fã de cultura pop e da música?
Dan Kanter: Bem, Justin, obviamente, sabia sobre mim e da obsessão da minha esposa pelo Phish desde que nos conhecemos. Ele é muito fascinado. Gostaria de mostrar a ele vídeos destas coisas, e nós apenas falamos sobre isso e ele estava muito fascinado por todo esse mundo e como eles são tão grandes que podem vender quatro noite seguidas no Garden, mas eles realmente não tem vídeos ou tocam na rádio. Bem, eles têm um vídeo ["Down with Disease"], mas é apenas um mundo tão oposto do que o que ele vive, que ele está completamente fascinado por ele. E, também, Justin é muito espontâneo para alguém que as pessoas esperam que seja um típico pop star.
Ele e eu fazemos todos esses shows acústicos, onde não temos nenhum setlist, e ele só vai cantar canções como o Phish faz. Fizemos um show muito grande no ano passado, no Massey Hall, em Toronto, só nós dois, e eu não tinha certeza se iríamos tocar até trinta minutos. Acabamos fazendo um show acústico de duas horas, tocando cada canção que ele tinha. Ele cantou uma canção no palco e eu disse: "Eu não sei como tocar isso", então ele cantou a cappella. Ele estava muito engraçado assim.
E, também,  antes de Justin ser todo esse fenômeno, ele é antes de tudo um músico. Ele é um guitarrista fantástico, baterista e pianista, e ele está ficando cada vez melhor. E eu acho que ele realmente apreciou a musicalidade do Phish. Andava pedindo a ele para vir em um show com a gente há muito tempo e este foi perfeito. Foi realmente inacreditável. Foi totalmente o que eu esperava.
Acho que o público do Phish foi muito respeitoso com ele quando ele estava na plateia. Tínhamos tudo programado com segurança para que ele pudesse ir direto para a frente do palco, mas todos nós ficamos bem no meio da pista e estávamos todos dançando, e nenhuma pessoa veio e realmente o incomodou. Na verdade, foi a primeira vez que eu já estive com ele em público, onde uma pessoa não o incomodou - não se transformou em um frenesi de pessoas tirando fotos. Foi realmente emocionante. Estávamos todos dançando e minha esposa lhe ensinou a bater palmas durante o "Stash." Eu trouxe mil glowsticks [tubos de plástico coloridos, que emitem luz, dando um efeito neón], comigo e tinha um local para distribuí-los para as pessoas. Foi incrível. Esse não [será] definitivamente o seu último show. Ele teria ficado a noite toda, mas Selena [Gomez] tinha está no set às 1hs para filmar um filme, então eles tiveram que sair antes do final.
Foi definitivamente uma colisão de mundos. Dois mundos que eu amo tanto e significam muito para mim. Tivemos tantos momentos engraçados durante toda a noite. Quando entramos no camarim da banda para que Justin pudesse conhecer alguns dos caras, quando nós estávamos andando por lá, vimos uma lista monstro de 500 canções – a lista de canções da banda – e Justin disse: "Essa é a lista de músicas que eles têm que saber?"
Outro grande momento foi quando entramos na sala da banda, e Fishman estava tocando bateria com fones de ouvido, provavelmente, quinze minutos antes do show, e ele levantou-se e disse: "Oi pessoal, Oi Justin. É muito bom conhecer você. Desculpa ser anti-social, mas eu tenho que fazer minha lição de casa antes do show começar", e ele sentou-se novamente e começou a tocar.
Obviamente, foi muito emocionante para mim. Houve várias coisas desagradáveis, comentários estúpidos, mas a maioria tem sido muito positivo. Eu fui apenas acompanhando todos [os tweets] e todos os comentários todos os dias, sobre ele estar lá. Todo mundo tem falado muito sobre [Chris] Kuroda, e outra coisa: ele esteve com Chris. Justin apertou sua mão, e nós dois queríamos que todos dançassem e cada momento musical tivesse um toque especial e um toque de iluminação dele. Eu estive incomodando nosso gerente de produção, um cara chamado Tom Marzullo, que fez turnês como [Prince’s] Purple Rain, para contratá-lo para fazer a iluminação para Justin.
Eu estive falando com ele há algum tempo sobre a contratação ou pelo menos falar com o Kuroda, e quando a coisa começou a rolar e eles foram capazes de trabalhar nisso, para que ele pudesse está em nossa turnê, mas também não perder nenhum show do Phish, foi absolutamente uma loucura. Justin tinha tomado a minha palavra para ele, mas em Long Beach, ele estava completamente fascinado com o trabalho de Kuroda. Ele não vai perder nenhum show do Phish e isso tem sido o melhor dos dois mundos, com certeza.
É engraçado, de certa forma eu ainda sinto que Phish é o maior segredo do mundo. É incrível. Bom, talvez não seja um segredo, agora que Justin falou sobre eles para todos seus seguidores no Twitter [Risos.]
É engraçado que o Phish é uma das poucas bandas que vira notícia sempre que uma celebridade vai à um de seus shows. Estou certo de que muitas estrelas pop e estrelas do cinema vão à todos os shows da Madonna por que é um tipo de mistura de cena.
Dan Kanter: É como eu disse, tudo que eu li foi tão positivo. Todo mundo lá nos bastidores e na plateia foi tão agradável e acolhedor e deram para ele o seu espaço. Nenhuma pessoa tirou uma foto na plateia. Como eu disse, eu nunca vi isso antes, e eu esperava isso e sabia que ele iria ficar bem. Eu acho que ele realmente não gostou apenas da música e de todo o show, mas ele sabe agora que ele pode aparecer em público,está ali no meio da multidão e voltar aos velhos tempos.
Fonte: Jambands | Tradução e Adaptação: BieberMania

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